Guernica is almost universally recognized as anti-war propaganda, and its
existence challenges long-standing views that art, properly speaking cannot
be propaganda. The anti-art propaganda claim admits of varying degrees from
its strongest articulation by Clive Bell who maintains that art and politics are
mutually exclusive to Monroe Beardsley and R. W. Collingwood who maintain
that propaganda is at best amusement art or that in so far as art is propaganda
it gets in the way of its aesthetic value. This paper will argue that not only
is Guernica a paradigm case of art propaganda, but that the epistemic merit
model of propaganda can best account for the variety of propagandistic uses of
this painting from its inception extending to modern day, in the contexts of the
Spanish Civil War, Spain’s transition to democracy, and most recently in the
buildup to the Iraq War.
Guernica é reconhecida quase universalmente como uma propaganda anti-
-bélica, e sua existência questiona concepções tradicionais de que a arte propriamente
dita não possa ser uma propaganda. A visão da arte como excluindo
a propaganda admite diversos graus, passando de sua articulação mais forte por
Clive Bell, que mantém que a arte e a política são mutualmente excludentes,
até Monroe Beardsley e R. W. Collingwood, que mantêm que a propaganda é,
no melhor dos casos, uma arte de entretenimento ou que, na medida em que a
arte seja propaganda, seu valor estético se encontra comprometido. Esse artigo
argumentará que não apenas Guernica é um caso paradigmático de arte como
propaganda, mas que o modelo de propaganda como mérito epistêmico é o que
melhor dá conta da variedade dos usos propagandísticos dessa pintura, desde sua criação até os dias atuais, nos contextos da Guerra Civil Espanhola, da
transição democrática na Espanha e, mais recentemente, da preparação para a
Guerra do Iraque.
Guernica is almost universally recognized as anti-war propaganda, and its
existence challenges long-standing views that art, properly speaking cannot
be propaganda. The anti-art propaganda claim admits of varying degrees from
its strongest articulation by Clive Bell who maintains that art and politics are
mutually exclusive to Monroe Beardsley and R. W. Collingwood who maintain
that propaganda is at best amusement art or that in so far as art is propaganda
it gets in the way of its aesthetic value. This paper will argue that not only
is Guernica a paradigm case of art propaganda, but that the epistemic merit
model of propaganda can best account for the variety of propagandistic uses of
this painting from its inception extending to modern day, in the contexts of the
Spanish Civil War, Spain’s transition to democracy, and most recently in the
buildup to the Iraq War.
Guernica é reconhecida quase universalmente como uma propaganda anti-
-bélica, e sua existência questiona concepções tradicionais de que a arte propriamente
dita não possa ser uma propaganda. A visão da arte como excluindo
a propaganda admite diversos graus, passando de sua articulação mais forte por
Clive Bell, que mantém que a arte e a política são mutualmente excludentes,
até Monroe Beardsley e R. W. Collingwood, que mantêm que a propaganda é,
no melhor dos casos, uma arte de entretenimento ou que, na medida em que a
arte seja propaganda, seu valor estético se encontra comprometido. Esse artigo
argumentará que não apenas Guernica é um caso paradigmático de arte como
propaganda, mas que o modelo de propaganda como mérito epistêmico é o que
melhor dá conta da variedade dos usos propagandísticos dessa pintura, desde sua criação até os dias atuais, nos contextos da Guerra Civil Espanhola, da
transição democrática na Espanha e, mais recentemente, da preparação para a
Guerra do Iraque.