Portugal possui um elevado risco sísmico tendo em conta as vulnerabilidades associadas à ocupação humana
bem como ao histórico de eventos sísmicos registados. Face à inevitabilidade da ocorrência de sismos, a
abordagem a esta questão num contexto nacional deve assentar na análise dos seus aspetos fundamentais, e
que simultaneamente reflitam necessariamente sobre os fatores que contribuem para a existência de um
risco “real” de desastre para a sociedade. É inestimável a existência e a manutenção de um simulador de
danos resultantes de um sismo com a capacidade de visualização de um cenário, com indicação de danos
potenciais, cuja tipologia possui uma incerteza difícil de determinar empiricamente. Presentemente existem
duas regiões do país abrangidas por tais ferramentas, Lisboa e o Algarve, persistindo uma lacuna no que
respeita ao restante território. Assim, numa tentativa para colmatar este facto, a Autoridade Nacional de
Proteção Civil (ANPC) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML) através do seu Serviço Municipal de Proteção
Civil, unindo esforços e conhecimento técnico-científico, estão a desenvolver um protótipo de simulador de
Risco Sísmico cuja metodologia poderá ser aplicável ao continente português de forma transversal.