This text characterizes the state of mental
health, perceiving and understanding the statistical
association of individual and contextual
risk factors in four municipalities in the
Lisbon Metropolitan Area (Amadora, Lisboa,
Mafra and Oeiras) during a period of economic
and financial crisis. The study was conducted
in 2014-2015 with adults (≥18 years of age)
residing in four counties in the Lisbon Metropolitan
Area, including individual information
(demographic and socio-economic characteristics,
behavioural characteristics, information
on health namely with regard to chronic
illnesses, body mass index and perceived state
of mental health) and contextual information
(e.g. municipal services offered by borough
governments). A total of 1,066 individual participated,
33% of which were identified as
suffering from poor mental health. Women,
the elderly, individuals with low levels of education,
those doing little physical activity, the
overweight, the unemployed, individuals with
low salaries, individuals expressing difficulties
in paying daily expenses, and individuals with
chronic illnesses were those associated with
poor mental health conditions. Other contributing
factors were dissatisfaction with an
individual’s place of residence, including the
conditions of low social capital, and the non-use
of green spaces. The multiple model, which
incorporates the interaction amongst variables,
showed a good capacity for adjustment.
The results obtained are in agreement with
the literature; however, the magnitude of the
results observed indicate a critical situation
that can be explained by the economic crisis
presently being felt in Portugal.
Neste texto é caracterizada a saúde mental percecionada e
analisada a associação estatística com fatores de risco individuais
e contextuais em quatro municípios da Área Metropolitana
de Lisboa (Amadora, Lisboa, Mafra e Oeiras), durante
um período de crise económica e financeira. Este estudo foi
realizado em 2014/2015, em adultos (≥18 anos), residentes
em quatro concelhos da Área Metropolitana de Lisboa, integrando
informação individual (características demográficas e
socioeconómicas, características comportamentais, informações
de saúde nomeadamente sobre doenças crónicas, índice
de massa corporal e estado de saúde mental percecionado)
e contextual (e.g. oferta de serviços nas freguesias). Participaram
1.066 indivíduos dos quais 33% foram classificados
como tendo pior estado de saúde mental. Indivíduos do sexo
feminino, pessoas mais velhas, com menor escolaridade, sem
atividade física, com excesso de peso, desempregados, com
salários mais baixos, que expressaram ter dificuldades em
pagar despesas ou com doenças crónicas, foram associados
a piores condições de saúde mental. No mesmo sentido
contribuíram ainda a insatisfação com a área de residência,
incluindo condições de baixo capital social e a não utilização
de espaços verdes. O modelo múltiplo - incorporando as
interações entre as variáveis - mostrou uma boa capacidade
de ajustamento. Os resultados são concordantes com a literatura,
no entanto, a magnitude dos resultados observados
mostra uma situação crítica que poderá ser explicada pela
crise económica em Portugal.