Parte-se de um truísmo: a mais elementar, e, por isso, a mais fulcral actividade do
historiador é o seu contacto com as fontes, o seu diálogo com as fontes. Quando tal
operação se realiza com base em acervos documentais institucionais observa-se um
perigoso acriticismo por parte dos pesquisadores. Assim, quase sempre, a consulta aos
instrumentos de busca e/ou de recuperação da informação se faz sem o necessário
cuidado e sem o emprego de pressupostos metodológicos essenciais. Ocioso referir-se
aos equívocos e distorções daí advindos na produção historiográfica. A questão é tão
mais preocupante quando se têm em conta as progressivas facilidades proporcionadas
pelas Novas Tecnologias para o desenvolvimento da investigação científica. Refletir
sobre essa matéria à luz de certa vivência em projectos de pesquisa respeitantes à
História Político-Administrativa da América Portuguesa é o objectivo da comunicação