A desertificação é um processo dinâmico que está associado à origem natural (climática, geológica,
vegetacional, hidrológica) e antrópica a partir das atividades que estão sendo desenvolvidas ao longo dos
anos, se constituindo em território de risco. A pecuária, por meio do pisoteio dos animais e a agricultura, pelo
uso inadequado do solo, ambos podem desencadear o processo de desertificação. O risco surge em diferentes
escalas nos territórios e podem ser afetados de modos distintos, com capacidades e respostas desiguais
perante problemas semelhantes. Desse modo, o presente trabalho tem como objetivo analisar os indicadores
ambientais e socioeconômicos que se associam aos processos de desertificação, com risco de degradação, no
Alto Sertão de Sergipe, no intuito de prevenir ou sugerir ações de reabilitação. A abordagem é de forma
interdisciplinar, dialogando com os olhares da Geografia e entre diferentes campos do conhecimento como a
climatologia, a biogeografia, a pedologia, a geologia e a geomorfologia. As alterações na periodicidade da
sazonalidade climática e a intensa exploração dos recursos naturais, desmatamento indiscriminado e
agropecuária extensiva, vêm ultrapassando o limite de utilização destes recursos, promovendo a degradação
física, química e biológica do solo.