A relação entre ondas de calor e efeitos fisiológicos associados a temperaturas extremas, que se refletem
num acréscimo de mortalidade e aumento de admissões nas urgências hospitalares, tem sido demonstrada
em diversos estudos realizados tendo por referência Portugal Continental, o mesmo não sucedendo
relativamente à ilha da Madeira, uma lacuna que se pretendeu colmatar.
Identificaram-se períodos de calor particularmente intenso, entre 2002 e 2013, com base nos índices Heat
Index, Índice Diaz e Índice Ondas e confrontou-se com o registo diário de óbitos e o registo diário de admissões
no serviço de urgência do Hospital Dr. Nélio Mendonça para o mesmo período. Compararam-se os valores de
óbitos e admissões de urgência registados nos períodos de calor intenso com os valores médios para o mesmo
período, entre 2002 e 2013, de forma a identificar variações nos fenómenos da mortalidade e morbidade,
particularmente em determinados grupos etários (65 ou mais anos).