Os cookies.

Este site utiliza cookies para lhe proporcionar uma melhor experiência de utilização.

Ventos do mal. Sopro da cura: cosmovisão, doença e cura entre os Felupes da Guiné-Bissau

Sobre o item

Resumo
This paper aims to approach the social construction of disease and its dynamic behavior within the felupe community of Guinea Bissau. Starting with the felupe cosmovision it is expected to understand the conception of the disease as a social evil - a result of a transgression or fault towards group ethics -, its representations, images, experiences, and analyze the therapeutic routes taken, envisaging the resolution of evil and the reestablishment of equilibrium. Within this frame of mind, an etiological plurality of evil emerges in the nosologic frame (as a function of the signs that change the biological order), conditioning the quest for the resolution of evil among the amañen au (healers), which preside the rituals on the reparation/sacrifice locations (the sacred altars, ukin) asking for God’s intervention (Emitay) or the respective spirit (bakin). The presented ethnographic research was based on interviews of several social agents (patients, families and healers) in the village of Suzana, north Guinea Bissau.
Este artigo pretende fazer a abordagem da construção social da doença e suas dinâmicas entre os Felupes da Guiné-Bissau. Partindo do conhecimento da cosmovisão felupe pretende-se aceder ao entendimento das concepções sobre a doença, enquanto um mal social - produto de uma transgressão ou falta para com a ética de grupo -, suas representações, imagens, vivências, experiências e analisar os itinerários terapêuticos empreendidos, visando a resolução do mal e o restabelecer do equilíbrio. Nesta lógica, emerge uma pluralidade etiológica do mal, que determina uma pluralidade dos quadros nosológicos (em função dos sinais que alteram a ordem biológica), condicionando a demanda da resolução do mal junto dos amañen au (curandeiros) que presidem aos rituais nos locais de reparação/sacrifício (os altares sagrados, ukin) pedindo a intercepção de Deus (Emitay) ou do espírito respectivo (bakin). A investigação efectuada assentou na pesquisa etnográfica na aldeia de Suzana, a norte da Guiné-Bissau, entrevistando os diversos actores sociais (doentes, familiares e curandeiros).
DOI
10.14195/2182-7982_29_2
Acesso
open access
ISSN
2182-7982
Coleção Digital
Impactum
B1
Local de publicação
Coimbra
Idioma
Português
Tipo
Artigo