Diplomatic and archival issues in the portuguese-brazilian bureaucratic practice of the 18th century: the “gold tour” case
Resumo
Diplomatic critical exercise in order to demonstrate the diversity of
interpretations concerning the function of a public document which has a
unique and specific purpose but which displays content that raises doubts
over the type of document chosen to make it legally valid. It also addresses
the variable “archival destination” that may arise. The document entitled
“the gold tour” has been used as study object. A port authority in the
second half of the eighteenth century Lisbon would use it to prove the
inspection done on vessels, in particular those coming from Brazil, detail the
fees paid and the passengers carried, report some extraordinary occurrence
and attach the corresponding cargo manifests.
The following is also discussed in this presentation: if it had not been recorded
on the document type “letter” with attachments, rather on the more diplomatically
correct type for its purpose, the visit document” or the “inspection document”
whose copy could be sent to the due recipient, preceded by a leasing
form, it would have been of better administrative use at the time
and, subsequently, more effective as a source for historical research.
Exercício de crítica diplomática para demonstrar a diversidade de
interpretações da função que cabe a um documento público que tem um
objetivo único e específico, mas que apresenta teor que justifica dúvidas
quanto ao tipo documental escolhido para torná-lo juridicamente válido.
Aborda-se também o cambiante “destino” arquivístico que pode ocorrer. Foi
usado como laboratório o documento denominado “visita do ouro”, pelo
qual uma autoridade portuária na Lisboa na segunda metade do século XVIII
comprovava a inspeção feita em embarcações, no caso, as vindas do Brasil,
discriminando as taxas pagas, os passageiros que traziam, comunicava
alguma ocorrência extraordinária e anexava os respectivos manifestos de
carga. Discute-se nessa apresentação o fato de que, se não fosse exarado no
tipo documental “ofício” com anexos, e sim no tipo mais diplomaticamente
correto para a sua finalidade, o de “termo de visita” ou de “termo de
inspeção”, que poderia ser enviado em cópia ao devido destinatário
antecedido de ofício de encaminhamento, seria de melhor utilidade administrativa no momento e, posteriormente, mais eficaz como fonte para
a pesquisa histórica.
Diplomatic and archival issues in the portuguese-brazilian bureaucratic practice of the 18th century: the “gold tour” case
Resumo
Diplomatic critical exercise in order to demonstrate the diversity of
interpretations concerning the function of a public document which has a
unique and specific purpose but which displays content that raises doubts
over the type of document chosen to make it legally valid. It also addresses
the variable “archival destination” that may arise. The document entitled
“the gold tour” has been used as study object. A port authority in the
second half of the eighteenth century Lisbon would use it to prove the
inspection done on vessels, in particular those coming from Brazil, detail the
fees paid and the passengers carried, report some extraordinary occurrence
and attach the corresponding cargo manifests.
The following is also discussed in this presentation: if it had not been recorded
on the document type “letter” with attachments, rather on the more diplomatically
correct type for its purpose, the visit document” or the “inspection document”
whose copy could be sent to the due recipient, preceded by a leasing
form, it would have been of better administrative use at the time
and, subsequently, more effective as a source for historical research.
Exercício de crítica diplomática para demonstrar a diversidade de
interpretações da função que cabe a um documento público que tem um
objetivo único e específico, mas que apresenta teor que justifica dúvidas
quanto ao tipo documental escolhido para torná-lo juridicamente válido.
Aborda-se também o cambiante “destino” arquivístico que pode ocorrer. Foi
usado como laboratório o documento denominado “visita do ouro”, pelo
qual uma autoridade portuária na Lisboa na segunda metade do século XVIII
comprovava a inspeção feita em embarcações, no caso, as vindas do Brasil,
discriminando as taxas pagas, os passageiros que traziam, comunicava
alguma ocorrência extraordinária e anexava os respectivos manifestos de
carga. Discute-se nessa apresentação o fato de que, se não fosse exarado no
tipo documental “ofício” com anexos, e sim no tipo mais diplomaticamente
correto para a sua finalidade, o de “termo de visita” ou de “termo de
inspeção”, que poderia ser enviado em cópia ao devido destinatário
antecedido de ofício de encaminhamento, seria de melhor utilidade administrativa no momento e, posteriormente, mais eficaz como fonte para
a pesquisa histórica.