Contact between human groups and subsequent
changes constitute immutable characteristics of human existence,
resulting in the domination of some groups and subjugation
and subordination of others, whose preservation and
challenge and lead to and result from wars. The First and Second
World Wars as well colonial wars expressed a challenge
to the prevailing balance of power among some imperial European
countries, whose survival depended on their respective
colonies’ contribution. British West African colonies, like others,
had to assist with human, financial and material resources
in both World Wars, their exploitation and development was
the British «War of Independence». Lord Milner, Secretary of
State for War 1918‑1819,
and for the Colonies 1919‑1921,
insisted
that «the colonial assets had to be taken over and exploited
on a large scale by the British Government and the profits to
be used to pay off Britain’s debt». His successor, Leo Amery,
believed that Britain’s task was to multiply markets overseas,
and particularly develop Africa’s vast potentialities. Lord Moyne,
the Colonial Office Secretary of State, instructed colonial governors
in June 1941 to mobilize colonial resources for the war
effort causing diversion of resources aimed initially at the 1940
declared policy of Colonial Development and Welfare. Mobilisation
of such resources required colonial collaboration; and
the British had to concede self‑government
to some of her
dominions after the First World War (WWI) and to others after
the Second War (WWII). But they did not consider the colonies
mature enough so as to grant them the same political rights.
By 1938, MacDonald, Labour Secretary of State (1938‑1940),
was convinced that «it might take generations or even centuries
for some colonial people to stand on their own feet». The traditional
elites were subservient whereas the new western educated
elite was initially reformist to gradually become to some extent revolutionary. However, both wars pressed Colonial officials
to change their attitude towards the latter from apathy
(due to their exclusion from policy and decision making machinery)
to a reconstruction of collaboration, avoiding thus a
kind of colonial armed resistance. This paper attempts to examine
British West African contribution in both World Wars,
and the Colonial Office policy towards colonial opposition,
basing the research on primary official unpublished and published
sources.
O contacto entre grupos diferentes é uma característica imutável da existência humana, que pode conduzir a tentativas de domínio de alguns grupos sobre outros o que, inevitavelmente, conduz a conflitos. A Primeira e a Segunda Guerras Mundiais, bem como as guerras coloniais, constituíram‑se como um verdadeiro desafio ao poder estabelecido de alguns países europeus, cuja sobrevivência dependia, em grande parte, da contribuição das respetivas colónias. As colónias britânicas da África Ocidental, tal como outras, tiveram que participar no esforço de guerra com recursos humanos, financeiros e materiais, de tal forma que se pode afirmar que a sua exploração e o seu desenvolvimento corresponderam a uma verdadeira «Luta pela Independência» por parte da Grã‑Bretanha. Lord Milner, Secretário de Estado da Guerra de 1918‑1919, e das Colónias de 1919‑1921, insistiu que «os bens coloniais tiveram que ser tomados e explorados em grande escala pelo governo britânico e lucros usados para pagar a dívida da Grã‑Bretanha». O seu sucessor, Leo Amery, acreditava que a tarefa da Grã‑Bretanha
era multiplicar os mercados
no exterior e, particularmente, desenvolver as vastas potencialidades
do continente africano. Lord Moyne, Secretário de
Estado do Colonial Office, solicitou, em junho de 1941, aos
governadores das diferentes colónias que mobilizassem todos
os recursos para o esforço de guerra, o que provocou um
desvio de fundos que estavam, inicialmente, destinados para
o Colonial Development and Welfare. A mobilização desses
recursos requereu a colaboração colonial; e os britânicos tiveram
que fazer concessões a nível governativo a alguns dos
seus domínios após a Primeira Guerra Mundial e a outros
após a Segunda Guerra. Contudo, não consideravam as colónias
suficientemente «maduras» para lhes serem concedidos
os mesmos direitos políticos. Em 1938, MacDonald, Secretário
de Estado do Trabalho (1938–1940), mostrava‑se
convencido
de que «podia levar gerações ou mesmo séculos para que
algumas colónias se pudessem posicionar sozinhas». As elites
tradicionais eram subservientes. As novas elites formadas no
Ocidente rapidamente passaram do reformismo ao inconformismo
revolucionário. No entanto, as duas guerras pressionaram
os governos a mudar a sua atitude em relação a estas
últimas, da apatia (devido à sua exclusão da política e do
mecanismo de tomada de decisões) para uma perspetiva de
colaboração, procurando assim evitar uma espécie de resistência
armada colonial. Este artigo procura examinar os contributos
da África Ocidental Britânica nas duas Guerras Mundiais
e a política do Colonial Office em relação à oposição
colonial, baseando‑se
a pesquisa em fontes oficiais algumas
delas inéditas, outras já publicadas.