No seu regresso a Maputo depois de ter
recebido em Portugal o Prémio Camões
em 1991, José Craveirinha teve a aguardá-lo
uma grande manifestação na Mafalala,
organizada por habitantes do bairro,
que constituíram um comité de receção para uma
grandiosa festa a que afluiu imenso público durante
um dia inteiro. Alguns anos depois o poeta recordava
esse momento: […] aquela surpresa, manifestação do bairro da Mafalala em peso
para festejar o prémio que eu tinha recebido corresponde sabe a quê?
É que o bairro se tinha tornado num país e aquela gente humilde que
se manifestou de forma tão vibrante, tão sincera, tornou-se o povo de
Moçambique todo […]1