Livro / A recepção dos clássicos em Portugal e no Brasil
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Politeía Tropical: a recepção dos clássicos, a tradição política no Brasil do século XIX e a tradução das categorias aristotélicas por Silvestre Pinheiro Ferreira
Politeía Tropical: a recepção dos clássicos, a tradição política no Brasil do século XIX e a tradução das categorias aristotélicas por Silvestre Pinheiro Ferreira
Tropical Politeía: classical reception, the political tradition in nineteenth-century Brazil and the translation of Aristotle’s Categories by Silvestre Pinheiro Ferreira
Resumo
The importance of the nineteenth century to the history of the reception
of Greek classics in Brazilian political life and the texts that were translated
during this period, in addition to being an unequivocal fact, can help us to understand
the process of the conception of the idea of a “Brazilian nation”.
In this sense, our goal here is to revisit Silvestre Pinheiro Ferreira’s translation of
Aristotle’s Categories, published in Rio de Janeiro in 1814 by the Royal Printing, to
serve as a basis for his Philosophical Lectures, held between 1813 and 1815, in Rio
de Janeiro, in the context of the works of the author – the Philosophical Grammar
and the Memoir on a new principle of the caloric theory, published in 1813, also in
Rio de Janeiro, in the newspaper The Patriot and in the 30 fascicles that form his
Philosophical Lectures, seeking to highlight that the Aristotelian term logic underlies
the whole Silvestrian discussion during the above mentioned period.
A importância do século XIX para a história da recepção dos clássicos
gregos na vida política brasileira e as traduções que são elaboradas ao longo desse
período, além de serem um fato inequívoco, podem nos auxiliar a compreender o
processo de concepção da ideia de uma “nação brasileira”.
Nesse sentido, nosso objetivo aqui consiste na retomada da tradução das Categorias,
de Aristóteles, feita por Silvestre Pinheiro Ferreira, e publicada no Rio de Janeiro,
em 1814, pela Impressão Régia, para servir de base às suas Preleções Filosóficas, ministradas
entre 1813-1815, no Rio de Janeiro, no contexto das obras do autor – a
Gramática Filosófica e a Memória sobre um novo princípio da Teórica do Calórico –,
publicadas, no jornal O Patriota, também, no Rio de Janeiro, em 1813, e nos 30
fascículos que compõem suas Preleções Filosóficas, buscando evidenciar que a ‘lógica
dos termos’ aristotélica subjaz em toda a discussão silvestriana no referido período.